O trabalho desenvolvido na escola municipal Professor José D’Oliveira Barreto, do Jardim Bela Vista, virou objeto de estudo da professora Elisandra Barbosa Repisso, recém-formada Mestre em Educação. A escolha foi motivada pelo fato da unidade oferecer ensino em tempo integral e devido à experiência vivida pela educadora no local – ela atuou como professora de dança justamente no contraturno escolar.
Na pesquisa, a educadora se debruçou sobre o tema da escola de tempo integral, surgido nos anos 1930 a partir da necessidade de se ampliar o tempo do aluno na escola para melhorar a aprendizagem e suprir necessidades de pais trabalhadores. De lá pra cá, vários projetos flertaram com esse modelo – com erros e acertos.
“O desafio dos sistemas de educação é encontrar uma forma de garantir a expansão do tempo escolar com a qualidade que o ensino fundamental requer, pois somente o aumento do tempo escolar não garante a aprendizagem, a socialização e a almejada formação integral”, analisou a profissional em sua dissertação.
Segundo Elisandra, seu estudo revelou que a escola de tempo integral, se bem trabalhada, pode contribuir significativamente no processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno, pois possibilita maior tempo de estudo e experiências educacionais, físicas, culturais e sociais, aumentando sua gama de conhecimentos.
Evolução
Na pesquisa, Elisandra confirmou que, no caso da escola José D’Oliveira Barreto, a adoção do modelo de tempo integral em 2008 fez com que a escola melhorasse no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). A unidade passou da média 4,8, em 2008, para 6,5 no ano seguinte, superando a meta 6,0 prevista para 2021.
“Esses dados nos levaram a refletir sobre o papel da escola de tempo integral no processo de aprendizagem, em que as oficinas curriculares, articuladas no currículo básico, como feito com sucesso pela escola, podem fomentar experiências e proporcionar, realmente, uma educação de cunho integral”, resume Elisandra.
Fonte: Assessoria/Prefeitura